17 de agosto de 2009

Ulisses desamarrado

Com os pés descalços na areia
E os olhos entre o céu estrelado,
Cria forma, tu, celeste sereia
Tomando meu coração com teu canto
Até que todos os sons do mundo
São tua voz de paraíso chamando meu nome.

Textura de nuvem, brisa suave, visão do trigo maduro.
Meu coração é sempre e cada vez mais teu,
Através de um oceano de alma incendiada.
Já não vivo senão embriagado em teu perfume.

Sou serei o refúgio onde aportam tuas mágoas, lágrimas e cansaços.
Sou serei o eco dos teus risos, a sombra dos teus passos
E o amanhecer dos teus coloridos olhos.
A habitação aquecida das frias noites de inverno.
Reconfortante aragem que sussurra...
Te amo.